Recanto Acolhedor

No silêncio taciturno de cinéreos recantos

Pétreos, soturnos, de moribundo aspecto,

Paira certa beleza de angélicos encantos,

Dolente e acolhedor, de um solitário afeto...

Paira um Adeus, por estes céus eternizados

Que nos silêncios e nos cândidos momentos,

Vertem prantos sutis, saudosos, alicerçados,

No seio da paz, desses tristes monumentos...

Acompanha-nos a luz, de abençoada essência

Mesmo na angustia, na morte, e na dormência

Para os mais ansiados e sempiternos confortos...

E com os santos óleos que a paz fascinadora

Conduzir a alma, tristonha, erma e sofredora

Chegará segura ao mais acolhedor dos portos...