Morte do Poeta
Ao fechar meus olhos p’ra sempre,
E estas mãos para sempre parar;
E este corpo na terra em seu ventre,
Quais lembranças de mim vão restar?
Esta vida foi feita com lutas extremas,
Mas com um luto ela vai se encerrar.
Não terei mais os doces poemas,
P’ra minh’alma no além se alegrar...
Tive o amor benfazejo e as delícias,
Mas também meus invernos polares!
Inimigos d’alma e as doces carícias,
D’outros anjos, do céu, d’além mares...
Restará talvez breve lembrança,
Nesta Ode que a alma alcançar...
Talvez seja um alento ou bonança,
Para a alma em que ela tocar...
Só queria uma pedra epitáfio,
Com os versos de amor exaltar!
Deixo porém para o tempo,
O dia e a hora chegar!
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"Morte do Poeta" aborda a reflexão sobre a finitude da vida e o legado que um poeta deixa para trás. As palavras expressam uma mistura de experiências, desafios e momentos de alegria vividos ao longo da vida. A busca por um epitáfio que exalte o amor é uma maneira tocante de imaginar como a memória de alguém pode continuar a brilhar mesmo após a partida. É uma reflexão profunda sobre o significado da vida e da arte.