Quando for chegada a hora...

Que as flores tenham perfume de jasmim...

Não quero ninguém chorando por mim.

Quero paz na madrugada,

ver a aurora e ser buscada

por um anjo querubim...

Nada entendo de pecado,

sei de um coração amado,

que Deus do Amor

deu para mim...

Por isso,

não tenho medo,

não guardo qualquer segredo,

tudo é deixado aqui...

Meus tesouros são meus versos,

que deixarei, aqui, por perto,

para quem quiser me ouvir...

Lembranças não vou levar,

saudades não vou sentir...

Quero asas prá voar...

Quando for chegada a hora,

pego a mala, sem demora,

vou com Deus me reencontrar...

De bagagem levo amor,

de legado ficam rimas,

para quem quiser compor!

Sem tristezas, sem lamento,

vou navegando no vento,

até Cristo me abraçar...

Se, depois, de me ouvir,

concluir que sou culpada,

por amar sem dimensão,

peço vênia, volto então,

prá nova vida encarar...

No entanto, vou pedir,

se possível, prá sentir,

do meu bem um novo olhar...

Como posso encarar,

mesmo que na imensidão,

o carinho que possuo,

emprestado noutra mão?...

Por herança, todavia,

deixarei contigo, um dia,

um soneto de amor!

Lá direi que a vida é bela,

quando vista da janela,

sem tristeza ou amargor...

E, por fim, como é esperado,

deixarei, bem a teu lado,

um recado te dizendo:

"Não chores, amor,

pois estou bem,

vai rimando tua poesia,

que, aqui, estou te lendo,

fazendo rimas também!"

(às 10:50 hs do dia 17/12/2007)

Mariza Monica
Enviado por Mariza Monica em 17/12/2007
Reeditado em 05/04/2010
Código do texto: T781767
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