Entre dádivas e castigos.
Eu não aprendi dizer, tão bem, “te amo”,
Mas transborda o que sinto, no meu suplicante olhar,
Um olhar de insegurança, meio que insano,
Impossível, apenas com palavras, o que me envolve, expressar!
Não preciso saber quem fui,
Em remotas ou recentes vidas passadas,
Basta-me entender o que em minh’alma flui,
Pois são reminiscências de dívidas,
Nessas vidas de outrora: feridas!
Pelejas cruentas, renhidas, nos nossos imos suscitadas.
Mas sei que nessas vidas tiveste comigo,
Um amor intenso ou de apenas amigos,
Mas é flagrante e recorrente,
O que um pelo outro sente,
Há de ser uma dádiva?
Ou depuratório castigo?