A Casa – 6

A Casa – 6

Sai apressada do hotel onde estávamos hospedados

meus amigos e eu, algo me impeliu para fora,

não consegui avisar Thelma, companheira de quarto,

cega mas com passos marcados no rumo certo, caminhei.

Algo fazia com que fosse para os lados da colina,

ímpeto, talvez, entrei no carro como automata,

quando dei por mim já havia chegado do lado contrário,

que me sugeria qualquer coisa familiar.

Quando o carro parou senti-me acordar de um torpor,

havia estacionado bem debaixo de uma grande árovore,

galhos compridos, espessos e copada, chamou-me

a atenção pelo tronco roliço.

A visão era maravilhosa, o céu parecia muito próximo

dando a impressão, que se eu desejasse poderia tocar

as nuvens, brincar com elas nas mãos, chutar algumas

apenas para vê-las se moverem nos céus.

Atônita pela beleza da natureza não ousei sair do carro,

meus olhos pregaram no grande tronco da árvore

como se estivessem a recordar.

Marta Peres

Marta Peres
Enviado por Marta Peres em 01/04/2008
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