Meu Mestre

Ó Mestre, Quanto sofreste por mim!

Naquele dia que quiseste pagar

A pena imposta por eu tanto pecar

Pra livrar-me de grande e terrível fim!

Só porque me amas, padeceste assim.

Pelo teu sofrimento vieste trazer:

Um novo e feliz ânimo ao meu viver.

Fizeste-me alegre e cheio de amor,

Deste-me da tua graça e do teu vigor

E mais desejo para te conhecer.

Ó grande Mestre, Pelo teu imenso amor,

Tomaste em teus ombros aquela cruz.

Jerusalém, a cidade que reflete luz,

Em sua cegueira não viu a tua dor

Nem pôde perceber que tu és o Salvador.

Enquanto tu sofrias o seu povo ria,

Como quem festejasse alegre assistia,

Quando levavas o madeiro pesado

E morrias no caveira crucificado,

Suportando afrontas de quem te batia.

O teu sofrimento foi descomunal.

Tu foste humilhado e escarnecido;

Chicoteado, arrastado e cuspido,

Em paga do bem, te fizeram mal.

Tu foste fiel, teu povo desleal.

Por ele tomaste o cálice de fel,

Morreste na cruz de maneira cruel,

Enquanto ele ficava alheio ao perdão

E Endurecia de tudo o infiel coração,

Não dando ouvido a mensagem fiel.

Mestre, ninguém pode medir o teu amor!

Sem reservas tu amas imensamente.

Mesmo a quem te odeia ferrenhamente,

Estás pronto a salvar, por mais pecador,

Do eterno abismo e de tamanha dor.

Os que forem lançados neste edifício,

Não poderão ser livres de terrível suplício,

Mas pelo teu amor poderás livrar

A todos que ao teu perdão poderem buscar,

E arrependidos crerem no teu sacrifício.

Ó Mestre querido, muito obrigado!

Pelo livramento que me concedeste.

Reconheço que por mim padeceste

E por tanto me amar foste crucificado.

Assim, perdoaste todo o meu pecado,

Teu sangue fez minha alma alvejar,

E quando vieres tua Igreja buscar,

A ti eu cantarei lindas canções.

Contigo habitarei as eternas mansões,

O teu lindo rosto lá irei contemplar.

Sebastião Barros
Enviado por Sebastião Barros em 30/08/2009
Reeditado em 12/04/2011
Código do texto: T1782856
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