A caneta

Ah, queria que a minha vida fosse como essa caneta

Que, em minhas mãos eu controlo

Ela não é presa ao tempo, ampulheta

Sei onde ela começa, sua cor, e como ela termina

Não se prende a destino, ou a qualquer sina

Não, a caneta que, ora, tenho em minhas mãos retida

Não pode ser um modelo para minha vida

Até hoje meu maiores crimes (essa é a palavra)

Cometi contra o que sempre controlava

Preciso lembrar que minha existência

Permeada de queixas, traumas e impaciência

Simples, sei que nunca seria, ou poderia

E isso deve me bastar nesse meu dia

Aliás, uma vida como a caneta tão curta

Não me daria oportunidade de ser feliz

“Observai as aves”, frase sábia para quem escuta

Não é minha, mas é o próprio Deus quem diz.

Ed Lewis
Enviado por Ed Lewis em 21/09/2009
Código do texto: T1823298
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