Depoente

Numa aurora despertei e pensei

Resignar-me aos enigmas,

O sol muito fulgia; a névoa meiga

A passo lento espargia, na mata

Passarinhos chilreavam, nos galhos

Mais altos macacos pulavam

E na velha paineira meu olhar subia.

A casa distante à outras se juntava

E dos enigmas eu não sabia se me abdicava

Ou se deixava a vida seguir seu curso habitual;

Olhei para o céu e mplorei graça contra o mal.

A prece foi atendida, pus os pés

Na estrada, minha alma era só luz,

Andei qual retirante, abracei o amor

Que a beleza conduz e vivi

A felicidade que jamais vivera antes.

De repente ouvi uma voz que assim dizia:

“O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará”

Parei, olhei para trás

E dos enigmas não quis mais renunciar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 23/04/2010
Reeditado em 23/04/2010
Código do texto: T2213757
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