COROAÇÃO


A coroa de espinhos
Era a marca dos nossos delitos,
Objeto símbolo em trapos,
Dos mais possíveis maus tratos.

A coroa que por tortos caminhos,
Levava a injúria dos homens,
E a fúria dos soldados,
Era a mesma dos humilhados.

A coroa que era de glória,
Foi o maior marco da história,
Ela que era de grande honra,
Tornou-se por torpes motivos, desonra.

Sem demora foi coroado,
Sem memória maltratado,
Até a morte foi açoitado,
Por aquela coroa enganado.

O homem, de todos O mais sóbrio,
Bebeu o cálice da maldição e ouvindo:
“Cale-se”! Experimentou pra Salvação.
E toda a taça do penoso opróbrio.


















LUMINÁRIAS. Edinaldo Formiga. São Paulo: 13/12/09.

In DIAS FELIZES E OUTRAS
© 2010 by Edinaldo Formiga
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Edinaldo Formiga
Enviado por Edinaldo Formiga em 10/11/2010
Reeditado em 11/11/2010
Código do texto: T2607771
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