PAI NOSSO

Pai nosso que estais no céu!

Onde o seu real endereço?

Porque todo viver tem um preço,

Tão amargo como fel?

Santificado seja vosso nome

É o que no silêncio clamo,

E no desespero te chamo

Para saciar a minha sede e matar a minha fome.

Vem à nós o reino vosso

Onde descansar meus passos,

Neste caminho que traço

E no limite que posso?

Seja feita a vossa vontade.

Porque tens o poder nas mãos,

De me afastar da ilusão

E de aceitar tudo como pura verdade.

Assim na Terra como no céu.

Ou em qualquer outro lugar,

Ensine-me sempre a lutar,

E tirar de sua face esse véu.

O pão nosso de cada dia daí-nos hoje

E também o alimento para a minha alma,

Em busca de refúgio e de calma,

E que as vezes sente o horizonte tão longe.

Perdoai as nossas dívidas,

E enxergar as minhas falhas,

Não desistir da batalhas,

E de tantas outras faltas contraídas.

Assim como perdoamos nossos devedores.

Mas me dê para isso coragem

E agir como somente os humildes agem

E as criaturas de espírito superiores.

E não nos deixei cair em tentação

Ante o cálice oferecido.

E se eu não houver resistido

Fracassarei sim pela minha decisão.

Mas livrai-me de todo mal.

É tudo que peço arrependido,

De suas leis não ter cumprido

Ou de não te-lo reconhecido afinal...

Assim seja

Aqui!

Ali!

Além!

Amém!

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 26/12/2010
Código do texto: T2691572