CONSCIÊNCIA CRUEL.

Porfio minha cruel consciência,

que hábito mais danoso, que demência.

Não se farta de moer meu pobre ser,

na tristeza tem o seu alvorecer.

Desejo a liberdade em questão,

ter meu íntimo é a sua dileção.

Roguei, implorei, não se farta de mim,

prazer terrível que se mostra sem fim.

De que adianta me esconder na multidão,

Pois me julga e acusa sem perdão.

Faz da minha pobre vida seu esteio,

Afogando meus desejos e anseios.

Estou farto desta companheira atroz,

Tem criado à meus caminhos grandes nós.

Seu poder que impera me arruína,

Enfraquece minha mente, triste sina.

Vá, se alongue dos meus dias num momento,

Esqueça d’ este fraco em sofrimento.

As lembranças criam em mim um só tormento,

Seja enfim eu sem voce um livramento....

Roberto Dovanni
Enviado por Roberto Dovanni em 18/04/2011
Reeditado em 08/05/2011
Código do texto: T2916998
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