A terra vestiu-se de luto

A terra vestiu-se de um manto negro.

O céu lamentou em brados por inteiro,

Os instantes de uma incrível agonia,

Mesmo o céu sabendo que naquele dia,

Haveria então de se cumprir tal profecia.

Houve quem lamentasse angustiante,

Por mais que a vida tenha os sentidos,

De um puro Ser DIVINO, seu sacrfício

Ao ponto de sofrer naquele instante,

Por uma criação incrédula e inconstante.

Pai perdoa....eles não sabem o que fazem!

E quem sabe de nada, algum procura o bem,

Muitos serão chamados, e poucos escolhidos,

Na terra de ninguém, todos quase perdidos,

Sem saber o que querem ou o que tem.

Ele se deu, mostrando a oportunidade,

Em amor tão puro e leal pela humanidade,

Que nada quis do Senhor. Veja a fantasia

de Judas que o trai e ganha seu dinheiro,

Pra ficar angustiado e morrer em agonia.

Só nostalgia... No triste mas glorioso dia,

Pois naquela tumba ainda a lembrança.

O terceiro dia da sua morte,a esperança,

Para todos nós chegou afinal, o galardão,

Benção de salvação e benção de perdão.

Buscar na ansiedade o que procura,

Em uma áurea de luz e de candura,

Entre a eternidade e o nosso renascer,

Quando a morte draga, a traiçoeira,

O viver da frágil humana desventura.

Só uma esperança e só uma cruz,

Deixou a terra e foi viver na luz,

Porque dela a estrela já o guiava,

Do principio mostrando a força rara

Toda Graça que na vida anunciara.

Jesus filho de Deus, O Cristo,O Ungido

Primogênito entre os mortos, ressurgido,

O Homem que nos deu todo principio,

Numa cruz cravado,com toda humildade,

Escrevendo por ela, a nossa liberdade.