Como eu era ( Para quem entende)

Como eu era ( Para quem entende)

Às vezes fico feliz em saber que em minha boca já saíram constantemente tuas palavras de fonte de vida. E eu pisava o chão com muito cuidado para não te insultar. E que eu era muito usado por Ti, como uma fonte e farol benévolo aos que sofre no desespero, a procura de tua água e luz. Eu era um vaso do seu mais fino acabamento a servir o altar, era um trabalho mais difícil para alguns, mas era fácil para mim, pois eu contava com teu apoio que me dava segurança.

Quando cheguei ao pináculo de minha presteza sentia mais intensamente a Tua presença como um fogo que queimava e ardia em minha alma, e eu profetizava: “Como é bom Te servir, e caminhar Contigo”. As presenças dos anjos eram constantes em minha vida a me amparar-me.

Teu poder era meu segredo declarado e falado a quem quisesse ouvir. Não haviam esforços medidos a fazer as tuas obras, eu era nutrido com maná celestial.

Mas os homens caem, é ditado popular.

As me repasso como um doido a pergunta-me: Onde eu me perdi e passei a seguir sozinho no caminho. Mas é aquilo o “ Orgulho de “merda”.

Não que Tu almejasses minha queda. Sabia que Tu não suportarias o orgulho, egoísmo e mentira daí qualquer coisa são nada. Menti a mim mesmo acreditando que eu era suficiente sem ti, e pensei em mim, e quando me vi, estava nu. E no desespero quis fugir de Tua presença. Mas arrogância que segue os homens na sua maior fraqueza nos impede de retornar ao primeiro amor.

Depois as mentiras de estar bem, os fingimentos, e a representações de vida religiosa que nada vale sem a Tua presença.

Morte em vida, ou caminhos ressecados e figueiras secas são os que vivem sem Tua presença. Assim são todos aqueles que não Te reconhecem como Autor, Criador e Salvador de tudo. Ainda espero que tuas potentes mãos, numa espécie de sopro a me reviver para a vida eterna.

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