O Veleiro

Vai o veleiro ao sabor das ondas,
Mansa a maré pra lá e pra cá,
Uma cantiga escapa do peito,
O marinheiro feliz está!

Mas de repente, o mar fica bravo,
Ondas empoladas invadem o batel,
Ruge o mar, esbravejante,
Voga o veleiro, no temporal!

Em meio á luta, lembra-se o marujo,
Da morada de Deus, que criou o mar,
E em prece ardente, bem comovente,
Esquece as ondas e põe-se a cantar!

E como se uma voz vinda do arcano,
dissesse: “Acalma-te Grande mar”!
Este obedece logo ao comando,
E fica calmo, quieto, parado!
E segue cantando, feliz o marujo,
Breve o porto começa a avistar.
O coração alegre, agradecido,
Louva a Deus até chegar!

Assim também nós, velejamos na vida,
E quando pensamos, “está calmo o mar”!
Mas, de repente, em contra partida,
As ondas invadem o nosso batel!
Ficaremos quais loucos, até desvairados,
Se não nos lembrarmos de olhar para o Céu!

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Ahavah
Enviado por Ahavah em 08/08/2013
Reeditado em 20/09/2020
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