A OVELHA PERDIDA
Ao contar as ovelhas, ele nota
Que uma falta, e fica desgostoso;
Deixa então as noventa e novembro
E parte em busca da perdida, pesaroso.
Levanta a voz e chama, e espera
Que ela ouça a sua voz bem conhecida,
Onde estará? Nalguma cova? Ele pensa:
O lobo! Será que dela fez sua comida?
E o pastor segue sempre a chamar,
Sem se cansar ele chama e procura,
Ate que em fim ouve um bramido lá longe,
E ele avança a procurar na noite escura
Oh! Achei minha ovelha! Que alegria!
Põe a o ombro a sua ovelha tão querida;
Afaga-a com carinho procurando ver
Se ela esta bem, se não esta ferida.
Leva-a junto as outras, e então,
Chegando à casa os vizinhos ele convida:
Alegrem-se comigo, pois achei
Minha ovelhinha que estava perdida.
Assim também, Jesus Senhor se alegra
Quando o filho perdido volta ao lar;
Depois de estar perdido e machucado,
Ouve a voz do Pai a lhe chamar:
Volta, filho! Pois o pai te chama,
Para dar-te a sua paz e seu perdão:
Quero curar as tuas chagas doloridas,
Quero dar-te o céu,
Quero dar-te a salvação.