MEU DESTINO FINAL

QUE RUA ESCURA ESTA!

AS LUZES DOS POSTES

QUE CIRCUNDAM ESSA RUA,

DEVEM ESTAR TODAS QUEIMADAS.

O MEDO COMEÇA A RONDAR-ME.

A QUALQUER BARULHO,

VEM UM SOBRESSALTO...

O TERROR COMEÇA A SER PRESENTE.

MAS COMO BOM MACHÃO

SIGO EM FRENTE.

PASSO A PASSO, ALGUNS METROS GALGO.

MEUS OLHOS AGORA,

ACOSTUMADO À ESCURIDÃO,

VÊ NAS LATERAIS DA RUA

CORPOS CAÍDOS AO CHÃO.

NÃO ESTÃO MORTOS,

ESTÃO DESFALECIDOS, APENAS.

CHEGO AO LADO DE UM DELES

E AO ME APROXIMAR

ELE, SENTINDO MINHA PRESENÇA,

BALBUCIA PALAVRAS INTER-CORTADAS.

COM MAIS ATENÇÃO

COLO MEU OUVIDO EM SUA BOCA

E ESCUTO ALGUM SOM...

- NÃO CONSEGUI; NÃO CONSEGUI; DIZ A ELES...

PERDÃO...

O QUE NÃO CONSEGUIU, A QUEM PEDIR PERDÃO,

PERGUNTO A ELE.

- MINHA FAMÍLIA...CHEGAR NO FIM...DESCULPA...

FUI FRACO...FORÇA...CONSIGA POR NÓS...

E ENTRE SOLUÇOS,

EXPIROU SEU TEMPO AQUI.

ENTENDI O QUE O MORIBUNDO FALAVA.

ELE QUERIA QUE EU SEGUISSE EM FRENTE.

NÃO ESMORECESSE.

QUE EU CHEGASSE AO FIM DA RUA.

ME REVIGOREI COM O ENTENDIDO

E PUXANDO FORÇA DAS ENTRANHAS,

CAMINHEI AO INFINITO DO MEU DESTINO...

SER VENCEDOR EM CRISTO!

(PEREZ SEREZEIRO)

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