Águas
Saindo do deserto
Rumo à cidade,
Tenho que atravessar
A savana à frente.
O silêncio prenuncia
Que o mal espreita
Esse meu passar...
Olho em volta
E meus pés vacilam.
Tento andar
Mas não dá.
O sol é causticante.
Começo a suar.
Mas não tem outro jeito.
Respiro fundo
E o primeiro passo dou.
Pé ante pé caminho;
Sinto o hálito do mal.
Mas, pra cidade vou...
Meus pelos ficam ouriçados.
Sinto ele me rodeando,
Está direcionando meu andar.
Comecei a perder meu rumo;
Estou morrendo de medo.
Vou gritar!!!
Mas estou sozinho
Ninguém irá me ajudar
Me perdi no caminho.
De repente ouço um som
E em sua direção vou.
Novamente estou no caminho...
Mas que som é este?
É o som de muitas águas
Que desce do trono de Deus.
Águas cristalinas
Que me salvou
Mais uma vez!!!
PÉREZ SEREZEIRO
serezeiro@bol.com.br