Conquistador

Eu avistei cada conquistador marchando

Com lábios cruéis e rostos feridos,

Reinos saqueados, cidades queimadas mirando

Como Genghis Khan aos seus inimigos.

E Alexandre, como um deus, se levanta

Desejando no mundo um só império eterno;

César com sua coroa de louros e pompa;

E mesmo Átila, o Huno, como algo do inferno.

E o astro da La Grande Armée, auto-coroado

Desatendo, estirado e gemendo ao chão

Perdendendo-se o inescrutável Napoleão

Sonhando com o império, morre exilado.

Todos desaparecem, perecendo na terra!

Como uma sombra, num espelho, indefinível!

E, conquistando entre os séculos, sem espada

Prossegue o Cristo. Imortal e invencível.

Adaptação a partir de uma poesia em inglês contida no sermão, "God Talks to a dictator" de Harry Emerson Fosdick, publicado em "Living Under Tension".