Hei! Você que voa!

Olha minha mão o meu aceno.

Por que no sereno teu canto ecoa?

No muro do terreno.

 

O que fazes no buraco do telhado?

Trançando gravetos e fibras?

Com cuidado para não ficar molhado,

E oculto da força das brisas.

 

Canta passarinho, grita com vontade!

Enfeita o dia com a verdade.

Fazendo da tarde também alegria.

 

E se a noite tudo for nostalgia,

Durma bem com amor em companhia,

Porque logo amanhece, e será outro dia.