O ELEFANTE E MARINALVA

O Elefante foi à feira,

Pra comprar dois capacetes

Aproveitou o evento

Levou também dois coletes

Queria passear com a Bella

Sair, assim, sem destino

Livre e leve como o vento

Sem pensar no dia seguinte

Passear com ela, ao relento

Tratar Bella com requinte

Tinha um amigo maluco

Que tinha uma moto ‘muy’ linda

Preta, grande, barulhenta

Onde ia era bem-vinda

Se chamava Marinalva

Tinha um ronco bem possante

Onde quer que aparecesse

Diziam: "- Que maravilha ! "

A moto era muito linda

Tratada como uma filha

Pediu emprestada a moto

E se mandou com a lindinha

Ela, capacete rosa

Tratada como rainha

Pensou pra onde iriam

Rumo norte ou rumo sul

De repente repente resolveu

"- Vamos para Dom Pedrito"

"- Confia em mim, 'jóia rara' "

E concluiu: "- Tenho dito"

Pegou a estrada bem cedo

'Devagarzito', faceiro

Com a Bella na carona

Tinha que andar bem 'maneiro'

Parava a todo momento

Para a Bella descansar

Elefante educado

Só rodava devagar

Lá pelo meio da tarde

Que ele conseguiu chegar

Foram direto 'pro' hotel

Descansar, tirar o pó

Depois de tanta estrada,

Só queriam 'ficar só'

Pensar no dia seguinte

Onde iriam passear

Ele estava encantado

Por lá poder retornar

Queria visitar tudo

Estar em todo lugar

No dia seguinte, cedinho

Quando o sol 'tava' raiando

Pegaram a Marinalva

E se mandaram, cantando

Foram assim, bem ‘despacito’

Desfrutando a paisagem

Felizes, deram risada

Quando caiu um chuvisco

E logo depois chegaram

Onde está o obelisco !

“- Este é um lugar histórico”

Ensinou ele pra Bella

‘- Foi aqui que terminou”

“- Aquela nossa querela”

“- Um 'probleminha' pequeno”

“- Com um tal de Pedro segundo”

“- Passamos o ‘laço’ neles”

“- Pra eles nos 'respeitar' “- ”

Até o Caxias dizer”

"- Tá bom, vamos 'acertar' "

Voltaram para a cidade

Pra visitar o restante

Foram até na Caixa D'Água

'Tava' feliz o Elefante

Passearam por mais dois dias

Foram por toda a cidade

A Bella estava encantada

Com tanta hospitalidade

Sentia que a cada dia

Ela era mais amada

Depois de tudo bem visto

Pegaram o rumo de volta

Botaram o pé na estrada

De moto e sem escolta

Vieram devagar, de novo

Sem pressa, curtindo a viagem

Sentindo o vento a passar

Sentindo aquela aragem

Ah, seu amigo maluco !

Que linda aquela viagem !