A Nuvem Ranzinza
A nuvem ranzinza reclamava
Andava carregada de poluição
E de tão irritada
Soltou chuva ácida
E tomou choque com o próprio trovão
Estava cansada da ingratidão humana
Que por meio da cobiça insana
Gera a destruição
Ao ameaçar vidas
Ao abrir feridas
O homem não se reconhece como irmão
"Agora darei um basta a esta situação!
Trovejando, farei minha manifestação:
Se a poluição surgiu em nome do progesso
A humanidade precisa rever todo esse processo"
Assim pensou, assim fez:
Nem precisou trovejar outra vez
E mostrou todas as consequências
Que o dito progresso traz à sobrevivência
"Progresso, progesso!!!
Os homens só pensam em progresso!
Progresso, progesso!!!
Os homens só querem progesso!
Esquecem que matar os bichos
E destruir as matas é muito sério
Só produzem lixo e mais lixo
Na ilusão de construir um império
Derrubam, destroem
Devastam, constroem
Fábricas, casas e prédios
Nossa Natureza,
Mais bela riqueza,
Aos poucos vai morrendo
E o homem, ingrato,
Se esquece do fato:
Ela é o seu próprio sustento"