A Nuvem Ranzinza

A nuvem ranzinza reclamava

Andava carregada de poluição

E de tão irritada

Soltou chuva ácida

E tomou choque com o próprio trovão

Estava cansada da ingratidão humana

Que por meio da cobiça insana

Gera a destruição

Ao ameaçar vidas

Ao abrir feridas

O homem não se reconhece como irmão

"Agora darei um basta a esta situação!

Trovejando, farei minha manifestação:

Se a poluição surgiu em nome do progesso

A humanidade precisa rever todo esse processo"

Assim pensou, assim fez:

Nem precisou trovejar outra vez

E mostrou todas as consequências

Que o dito progresso traz à sobrevivência

"Progresso, progesso!!!

Os homens só pensam em progresso!

Progresso, progesso!!!

Os homens só querem progesso!

Esquecem que matar os bichos

E destruir as matas é muito sério

Só produzem lixo e mais lixo

Na ilusão de construir um império

Derrubam, destroem

Devastam, constroem

Fábricas, casas e prédios

Nossa Natureza,

Mais bela riqueza,

Aos poucos vai morrendo

E o homem, ingrato,

Se esquece do fato:

Ela é o seu próprio sustento"

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 21/05/2009
Reeditado em 23/08/2012
Código do texto: T1605900
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