conto um poema
Teresa era uma mulata alta e forte
pernas proporcionais ao tronco
bunda graciosa
seios proeminentes
rosto de princesa africana
olhos ligeiramente repuxados
talvez tivesse sangue asiático
talvez tivesse jogado basquete
quando passou, me extasiei
não resisti, a segui
de repente, ela parou:
- está me seguindo?
- estou
- o que está procurando?
- o que acho que achei
- o que devo fazer?
devo chamar a polícia?
- não, deve continuar
a me fazer perguntas
aí ela pegou minha mão
e ficamos juntos...
e por muito tempo
tudo foi tão lindo
como da primeira vez
até que tivemos dois filhos:
Terezinha, com “Z”,
porque a mãe já era com “s”
e Aluisio, com “S”,
porque o pai já era com “z”
Maricá, 24/01/2010