PROCURA-SE: FADA AZUL E FADA MENINA

CAPÍTULO UM – FADA AZUL E FADA MENINA SUMIRAM

Grilo Falante, oh, meu amigo Grilo Falante!

Venha até aqui rápido só por um instante!

Eu preciso de uma ajuda de sua amiga Diana!

A Fada Azul e Fada Menina ... já tem uma semana

que elas sumiram, se esconderam lá na floresta.

Como é que é Fada Arco-Íris? Que estória é esta?

Estou pedindo a ajuda à sua amiga deusa da caça

com medo que possa acontecer a elas alguma desgraça!

Você sabe me dizer o que as motivou tomar tal decisão?

Ah, grilo Falante, elas devem estar fugindo de uma punição!

Quem irá puni-las? Por quê? Não me esconda nada!

Grilo! Conto-lhe se tiver tempo, pois é uma estória bem complicada.

CAPÍTULO DOIS - O PRIMEIRO PORQUÊ DO SUMIÇO

Você sabe que a Fada menina é muito travessa,

porém nada agora lhe tira da dura cabeça

a ideia absurda e ridícula de ter um pai.

Já tentei de tudo, mas esta bizarrice de sua cabeça não sai.

Um dia gritei com ela: chega! Não fale mais desse assunto comigo!

Se você insistir ,vou colocá-la no seu quarto e de castigo!

Não sei de onde ela tirou esta grande loucura.

O pior é que a Fada Azul dá à Fada Menina cobertura...

Isto me deixa possessa! Para lhe honesta, deixa-me pê da vida,

daí acabo punindo as duas por estar muito enfurecida!

A primeira coloco de castigo por não ter nenhum juízo

e a segunda é punida por ter e não usá-lo no momento preciso.

CAPÍTULO TRÊS – O SEGUNDO PORQUÊ DO SUMIÇO

Insisto! Como se não bastasse a ideia bizarra da figura paterna,

a Fada Menina veio com a estória de ter uma paixão eterna

por um menino que é um diabo em forma de gente...

além do mais a fada menina é uma criança inocente;

saiu do cueiro outro dia mesmo, apesar de precoce...

a Fada Azul apóia o namoro dos dois como se natural fosse.

Se pra gente que é adulto o namoro é algo bem complicado,

quem dirá para duas crianças que num recém- passado

estavam ainda engatinhando pelo chão da casa inteira.

Para mim, a Fada Azul está me saindo uma bela alcoviteira.

Não tem cabimento consentir o namoro daqueles dois.

Meu anjinho não combinou com o do fedelho, não será agora e nem depois!

CAPÍTULO QUATRO – ESTÁ TUDO ERRADO!

Vamos por parte, como afirma um frio esquartejador...

Fada Arco-Íris, ouça-me com atenção, por favor!

Não posso chamar a deusa Diana para lhe ajudar,

a sua causa não é humanitária, nem universal e sim particular.

A gente tem o respeito de terceiro não imposto através do medo

E sim porque eles nos amam, é aí que está o grande segredo.

Quando a gente ama alguém, não queremos vê-lo triste.

O sofrimento dele (ser amado) é a dor mais dolorosa que existe.

Fazemos de tudo, o possível e o impossível, para ver o ente amado feliz,

inclusive internalizando e cumprindo tudo com carinho o que ele diz.

Abrimos mãos dos nossos desejos para realizar o sonho da pessoa amada,

fazemos isto com infinita alegria e o que é melhor: sem cobrar nada!

CAPÍTULO CINCO – NEM TUDO ESTÁ ERRADO

Quanto ao fato da Fada Menina ter um pai, contar-lhe-ei a verdade.

Não me esconda nada, Grilo! ... ela ainda não tem para isso maturidade...

se você usar de amor e sinceridade, ela aceitará o fato mesmo sem compreendê-lo,

caso você omita isto, o que é real mais tarde se transformará num grande pesadelo,

fazendo com que as depois venham sofrer muito recíproca e respectivamente.

Então para que jogar para o futuro um problema do nosso presente?

No que diz respeito à Fada Azul, pode ficar bastante tranquila,

ela está agindo corretamente. Se a fada Menina errar, ela está lá para corrigi-la,

mas não transmitindo medo e sim muito amor e muita confiança;

com isto a Fada Menina crescerá sem o temor de errar e com muita segurança.

Se errou, peça desculpa, e se for possível, conserte ou repare o seu erro

para mais tarde não ficar com a horrível cara de enterro.

CAPÍTULO SEIS – EXPLICAÇÃO À FADA ARCO-ÍRIS E AO LEITOR

De onde a Fada Menina tirou a ideia de ter pai, criatura?

Fácil de responder. Lembra quando ela teve comigo sua última aventura?

Lembro. Foi quando você, ela, a Fada Sol e a Fada Azul trouxeram uma cria humana

aqui ao nosso Portal. Correto! O nome da criança era lindo, Joanna,

e ela para entrar no Portal foi transformada numa joaninha...

Os humanos para nascerem precisam ter mãe e pai. Foi daí que a pequena fada danadinha...

Faço uma pequena pausa na estória, pois creio que o leiro deve estar furioso

comigo porque até agora só afirmei que as fadas nascem e aí bastante curioso

deve estar pensando: o autor desta estória vai explicar ou não

de como nascem as fadas? Calma pessoal! Darei sim uma explicação,

não vou dar a você o trabalho exaustivo de pesquisar,

portanto deixemos de blá-blá-blá e vamos ao próximo capítulo para clarear.

CAPÍTULO SETE – COMO NASCEM AS FADAS...

Vou explicar, mas eu não sou fada, apenas o Grilo Falante,

então vou contar a estória de como nasceu as fadas, consoante

O que li no livro de Peter pan, conhecida estória infantil,

portanto se for mentira, a culpa não é minha, viu!

Quando um bebê pela primeira vez na vida vai sorrir,

o sorriso dele em milhares de pedaços irá partir,

estes milhares de pedaços irão livremente se espalhar

e magicamente estes pedaços começarão do nada a saltar.

Quando a nossa curiosidade nos chama lá para ver,

milhares de lindas fadinhas acabaram de nascer.

Depois surge a fada Rhiannon e recolhe toda fadinha bebê,

leva para o mundo mágico, lá elas crescerão, para uma tomar conta de você.

CAPÍTULO OITO – ENCONTRANDO-SE COM A VERDADE

Pensando carinhosamente em tudo que o Grilo Falante lhe dissera

A fada Arco-Íris se sente uma terrível bruxa e se desespera.

Grilo, você tem toda razão! Estou com tanto remorso do que eu fiz.

Buááá! Eu não sou má! Tudo o que eu quero é que a Fada Menina cresça feliz!

Ah, meu pai! Quanto tempo eu venho sendo com a Fada Azul injusta...

Precisamos encontrá-las para eu pedir mil desculpas para me sentir justa!

Só que o senso de justiça não pode só no pedido de desculpas ficar,

você terá que modificar radicalmente a sua forma das duas tratar.

Deixa totalmente para trás a terrível ideia de punição

e busque com as duas ter mais diálogo e esforço de compreensão.

O namoro da Fada Menina é puro fogo de palha, acabará passando,

percebendo que a ama, o amor que sente pelo guri, a você estará voltando.

CAPÍTULO NOVE – ORAÇÃO AO DEUS HORUS

Vamos encontrar nossas amigas? Como, grilo, se eu não sei onde elas estão?

Bem, neste caso, para encontrá-las, repita comigo esta forte oração:

Poderoso deus Horus, deus mitológico egípcio do mundo dos vivos,

Dê-me uma visão de águia, uma visão de olhos super-ativos,

Pois tenho, para ser bem honesto, nesta hora exata,

duas grandes amigas que se encontram escondidas na mata.

Faça com que eu, deus poderoso e meu honroso amigo,

Encontre-as primeiro do que qualquer um temeroso perigo.

Na mesma hora, o Grilo Falante tem de toda floresta a real visão.

Fada Arco-Íris, ajude-me aqui, pois já tenho a localização.

Grilinho danado, depois fala que não tem poderes... vai eu acreditar...

Anda Grilinho, não demore! Diga-me onde é que é o tal lugar!

CAPÍTULO DEZ – ENCONTRANDO AS FUJONAS

A partir do meio da floresta, a três quilômetros da mesma, porém no sul,

lá nós vamos encontrar as duas fadas, próximas a uma árvore mágica azul.

Elas estão se divertindo, jogando uma emocionante partida de queimada.

As fadas não estão sozinhas, elas estão praticando esse esporte com a bicharada.

Num passe de mágica, as duas fadas fazem uma esquisita cara de terror.

Foi você, não é Grilo, que a trouxe aqui! Sua dinda não conhecia este seu lado traidor!

Calma, Fada Azul, não fale assim com o seu querido afilhado...

Você não tem a noção de como esta criaturinha nos tem ajudado...

Estou aqui não para puni-las e sim para levá-las alegremente à nossa casa;

você não sabe que depois da conversa com o Grilo, meu coração ficou em brasa,

agora para evitar que o remorso me queime , só há uma solução:

contar generosamente que as duas fadinhas me concedam o perdão.

CAPÍTULO ONZE – O AZUL DA BONANÇA

Fada Azul e a Fada Menina correm para abraçarem a amiga.

Minhas queridas amigas, vamos fazer um acordo aqui: nada de briga!

Quando uma de nós percebermos que vamos o rumo das brigas tomar,

Contaremos de um a três, chamaremos a que ofendida para conversar;

Assim procedendo não haverá castigo, não haverá medo, ninguém ficará magoada.

Desde jeito a nossa verdadeira amizade não ficará mais desgastada.

Grilo Falante,traga o livro com a estória ilustrada de Peter Pan até aqui, por favor!

O livro é colocado no colo da Fada- Menina. Não sabe ler, mas vê desenhos... Viu, meu amor!

Entendeu agora por que não temos pai? Faz parte da nossa natureza...

Já que é assim, tia, não quero mais saber de pai, com certeza!

Já que a senhola está boazinha hoje, quelo fazer outro pedido neste momento...

Já sei, pode namorar sim! Desde que o seu namoradinho me peça consentimento.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 27/01/2010
Reeditado em 27/01/2010
Código do texto: T2053760