O sertão virou um mar

O sertão está molhado,

de lágrimas empoeiradas.

O chão de Graciliano

está mais castigado.

Cheio de areia

nem sinal de Baleia.

Pobre terra seca

que tudo se planta

e nada se colhe.

O sertão suga

as lágrimas empoeiradas

do homem valente.

De gente como a gente.

Pobre sertão de Ramos,

sem ramo... sem remo...

Vidas sem vida.

O sertão virou um mar

de esperança,

Que balança

Que lança

Que dança

no ritmo sereno

de uma criança!