Abelhinhas Rebeldes

A primavera linda,

ia perfumada a meio...

Flores belas,

centenas delas,

e a poesia em devaneio...

E assim destilados de mim,

os versos cantavam a natureza,

sabiás, juritis e tucanos,

tuiuius e chopins profanos,

desfilavam ali sua beleza...

E de repente,

uma nuvem amarelada,

plantou um zunido ao sul.

Me revirei na palhada,

esqueci-me da passarada,

e mirei o lindo céu azul.

Era um enxame de abelhinhas

destas amarelas sem ferrão,

vieram e pousaram na calha,

depois numa pequena falha,

sumiram na parede do galpão...

Quando há muitas num enxame,

repartem-se, são coisa naturais,

dividem-se em duas familias,

como os filhos e filhas,

que um dia distanciam-se dos pais...

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 17/11/2011
Código do texto: T3341459
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