QUATRO AMORES

QUATRO AMORES

O lápis e a borracha viviam

Sempre lado a lado

A maioria das vezes conjugados

Era a vida que queriam

Ele escrevia

Ela corrigia

E assim se completavam

Enquanto felizes conviviam

Mas eis que um dia de escrever escasso

Surgem a régua e o compasso

Um escrevendo redondinho

A outra reto e direitinho

A borracha pensou em sair da linha

Quando viu linhas redondinhas

Ficou encantada

Estava cansada de ser emborrachada

Por sua vez o lápis ficou apaixonado

Quando viu a régua toda retinha

Só queria escrever na linha

Sem ser apagado

Passaram a olhar-se mutuamente

E ficavam muito contentes

Cada vez que se encontravam

E acabaram descobrindo que se amavam

E assim termina a história

Foram viver juntos, uma glória

Numa casa chamada estojo

Felizes desfrutando um amor “gotojo”

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 25/05/2012
Código do texto: T3686993
Classificação de conteúdo: seguro