QUATRO AMORES
QUATRO AMORES
O lápis e a borracha viviam
Sempre lado a lado
A maioria das vezes conjugados
Era a vida que queriam
Ele escrevia
Ela corrigia
E assim se completavam
Enquanto felizes conviviam
Mas eis que um dia de escrever escasso
Surgem a régua e o compasso
Um escrevendo redondinho
A outra reto e direitinho
A borracha pensou em sair da linha
Quando viu linhas redondinhas
Ficou encantada
Estava cansada de ser emborrachada
Por sua vez o lápis ficou apaixonado
Quando viu a régua toda retinha
Só queria escrever na linha
Sem ser apagado
Passaram a olhar-se mutuamente
E ficavam muito contentes
Cada vez que se encontravam
E acabaram descobrindo que se amavam
E assim termina a história
Foram viver juntos, uma glória
Numa casa chamada estojo
Felizes desfrutando um amor “gotojo”