NOITE DOS COBOLDOS
Se fez noite de magia
É hora da folia
Aos trancos e barrancos
Andam soltos os coboldos
. . . .
Cavalgando nos sapos
Pulando saltos
Entram pela janela
Trocar doces por moedas
. . . .
Entram no guarda-roupa
Prá revirar as roupas
Fazer bolas de meias
Botar pindorucalhos nas orelhas
. . . .
Com olhos de vagalume acesos
Se misturam aos brinquedos
Vestem a roupa das bonecas
Andam de bicicleta
. . . .
Brincam de pega-pega
Escondem-se nas chinelas
Armados com um pirulito
Espantando os mosquitos
. . . .
Se escondem no guarda-louça
Nas xícaras de porcelana
Até que o gato adormeça
Lambendo mel na chupeta
. . . .
Abrem a lata de biscoitos
E enchem os bolsos
Se empanturram de bolachas
Estouram as pipocas
. . . .
Vestem seu capuz vermelho
Fazem caretas no espelho
Antes de se irem embora
Batem três vezes na porta
. . . .
E o gato no outro dia
Leva culpa da estrepulia
Por ter um pingo de marmelada
Na pata lambuzada
E ter destripado a almofada.