O café do gigante faminto

Logo que amanheceu,
Lá na casa do gigante,
Nicolau Ferreira da Silva
Acordou e gritou num instante:

“Estou morrendo de fome,
Eu quero já meu café
Duzentos pães com manteiga
Dez cestos de acarajé!”

“Eu vou destruir a cozinha,
Panelas, forno e fogão,
Se em menos de um minuto,
Não tiver tudo na mão!”

As cozinheiras, coitadas,
Corriam pra lá e pra cá,
Com um gigante faminto
Era melhor não arriscar.

Mas logo que passou sua fome,
Tudo voltou ao normal
Não havia ninguém mais tranquilo,
Que o gigante Nicolau!