A FADA DAS BORBOLETAS

Nas pétalas das flores do campo

Chegaram borboletas de todos os cantos

E repousaram as asas

Prá encontrar com uma fada

. . . . .

E reluzindo como uma estrela

Flutuando surgiu uma donzela

De asas amarelas

Do tamanho duma libélula

. . . . .

Calçava sapatinhos de vidro

Eram seus cachos cor de trigo

Seus lábios como moranguinho

Uma uva cor de vinho

. . . . .

Sentou-se numa roseira

Onde dançavam abelhas zumbideiras

E nas folhas formigas de montão

Recortavam figuras de coração

. . . . .

Foi filtrar néctar das flores

Fez dele açúcar doce

E toda borboleta que lambia

Mais lustrosa se fazia

. . . . .

As cigarras sem convite

Cada qual dava um palpite

Por nunca terem visto antes

Uma fada borboleta tão brilhante

. . . . .

Na serenata dos pássaros

Deu-se um bailado

Das borboletas e sua fada

Num arco-íris de asas

Meio o perfume das rosas

. . . . .

E um sapo enxerido

Atrás dum cogumelo escondido

Com os olhos estalados

Mirava o baile encantado

. . . . .

Quando a fada foi embora

O sapo rolou uma lágrima

Então a fada assoprou-lhe um beijo

E o sapo todo faceiro

Saiu saltando cambotas

Feito uma bolota

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NACHTIGALL
Enviado por NACHTIGALL em 31/07/2014
Reeditado em 02/08/2014
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