A FADA TINKERBELL
Eis que desaparecia o gato
Se enfiava no mato
Voltava sempre atrasado
Feliz e bem tratado
. . .
Prá ver o que lá tinha
O que o gato entretinha
Plantei-me atrás da árvore
Desvendar o mistério do bosque
. . .
Numa flor amarela
Se sentava uma donzela
Reluzia como a aurora
Suas asas cor de abóbora
. . .
Montava nas lagartixas
Cavalgava nos sapos
Nas salamandras do fogo
Rebrilhando centelhas de ouro
. . .
Falava com os pássaros
Brincava com o gato
Zamboretava como libélula
Pelas palmas das Aloe Veras
. . .
Revoava igual borboleta
Flutuando pelas rosas mosquetas
E se foi luzindo como vagalume
Deixando um rastro de perfume
. . .
Cismo que o gato
Por fada tem um fraco
Não queria mais sair da mata
Nem a troco de bolacha
. . .
E passei a ver passarinhos
Escuto sempre um barulhinho
O tilintar dum sininho
Das asinhas cor de mel
Da fada Tinkerbell
. . .
Peter Pan não contou nada,
Quem ver sua fada
Sem ser convidada
Fica encantado como o gato
A não ser que beije um sapo
Ou oferte um doce lá no mato...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . .