O VALE DOS COLIBRÍS
Vou me ir com o arco-íris
Pro vale dos colibrís
Onde não se apagam os vagalumes
De algodão-doce são as nuvens
. . .
Onde bruxa não entra
O perfume não aguenta
De tantas flores cheirosas
Cravo e canela das troncosas
. . .
Vou visitar o gato de botas
No vento soltar pandorga
Viajar num avião de papel
Dos favos das abelhas seivar mel
. . .
Flutuar entre os beija-flores do fogo
Fadas de grinaldas de louros
Bater tambor,jogar bola
Lá prá brincar não tem hora
. . .
Vou remar de canoa
Deslizar pela lagoa
Onde nadam cisnes e patos
Saltam cambotas os sapos
. . .
Vou dormir nos galhos do Tamarilo
Com Peter Pan e os esquilos
Usar cocar de plumas de pássaros
Pintar a cara de índio
. . .
Vou me ir com o arco-íris
Pro vale dos colibrís
Lá sim serei feliz
Até a ponta do nariz
. . . . . . . . . . . . . . . . . . .