A orelha xereta

A orelha xereta

Sempre aberta

fazendo fita

Se deixava lavar

Em busca da melhor treta.

Seu fiel amigo: O cotonete.

Tinha com ela: Um elegante trato.

Então, dela removia

- de tempos em tempos.

Toda cera como uma linha

Tirada de um carretel.

Deixava-o limpo e tinindo

O belo e atento ouvido.

Como cachê ele só pedia.

Histórias quentes e divertidas

Pois eram para ele como remédio.

Aquelas recentes fofoquinhas.

Assim, ria

Da centopéia esquecida,

que meias dispares vestia.

Do caranguejo orgulhoso,

Que anéis gigantes exibia

Na ponta dos seus dedos

ou seja... suas vaidosas garras

Que reluziam soltando faíscas.

Também tinha dona girafa.

que um dia meteu o nariz

onde não era chamada.

E então tomou do zangão

foram umas belas picadas

Num lugar

Que eu não conto Não...

Outro causo interessante

Foi a briga da chaleira

Com o esquentado fogão.

Enquanto mais ela apitava

Mais mandava-lhe fogo

pelas ventas o valentão.

O mais divertido foi

O casamento da pulga

com o jacaré.

Eu, como era muito esperta.

No meio daquele angu todo.

Sem esperar o resultado daquilo.

Se nasceu dai um

Jacapul ou pulgaré.

Resolvi mesmo foi dar no pé.

Conte então

O fim da história

O papagaio brasileiro

Se ele ainda estiver por aí, inteiro.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 08/12/2015
Reeditado em 18/05/2018
Código do texto: T5473849
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