A MORTE DA ROSA
Zumbiu a abelha
ao ver a rosa vermelha
despetalada no chão
igual migalha de pão
. . .
Cantou a cigarra
na folha pendurada
pra fazer intriga
foi a formiga
. . .
Revoava a borboleta
sem mel na chupeta
sem o perfume da rosa
fica a mutuca fedegosa
. . .
Iam num cortume
juntou o vagalume
as pétalas da rosa
como um leque nas asas
. . .
Num corrupio
soltaram no rio
as águas levaram de mansinho
as pétalas como um barquinho
. . .
Um sapo de talento
fez um invento
das pétalas um catavento
que dança como flor no vento
. . .
Sem a rosa o beija-flor
por perder seu amor
revoa igual onde for
de romance com toda flor
. . . . . . . . . . . . . . .