Mais cigarras e formigas

Ano velho, ano novo,

Canta cigarra desolada.

Repete chamada solitária

Ao amor que nunca vem.

Ano novo, ano velho,

Labora formiga cansada.

Percorre trilhas pisadas

Por colegas que sempre tem.

Suadas, ciumentas,

Ouvem formigas canto

De cigarra embriagada

Por inexistente bem.

Chega inverno, juntas

Ficam formigas atormentadas,

Sem mais ouvir a cigarra

Que voou para o além.