O TESOURO DO ALHAMBRA 7/8

O TESOURO DO ALHAMBRA VII

E assim copiaram a arquitetura os mouros,

que os visigodos haviam conservado,

de acordo com o modelo antes criado

pelos romanos. Pilharam todos os tesouros,

as igrejas transformaram em mesquitas,

banindo os santos, as cruzes e os altares.

E os afrescos, nas paredes dos lugares,

recobriram com mosaicos, longas fitas

de arabescos, arcos gráceis, minaretes...

Copiaram dos romanos seus jardins,

conservaram suas fontes e alfenins:

água corrente nos seus palacetes,

nos banhos públicos e em cada residência.

Os moçárabes cristãos escravizados

esculpiram os imensos rendilhados,

desenhados nas pedras com paciência.

O TESOURO DO ALHAMBRA VIII

Chamaram os árabes a cidade de Ilibira,

desde o momento em que a conquistaram.

Por sete séculos ali se conservaram,

mudando o nome novamente para Elvira,

durante a dinastia dos Zirís...

Quando ali se formou um califado,

foi o nome outra vez modificado:

Foi Medinet El-Garnata, como quis

O capricho do califa, que apreciava

muito as romãs que a terra produzia.

O Alhambra e o Albayzín já construía

e no jardim Generalife descansava...

Pois esta capital, tão afamada,

foi a última que os cristãos reconquistaram

e aos poucos, seu nome transformaram:

por isso a chamam hoje de Granada...