UM, DOIS, E TRÊS...
Certa vez um senhor, de uma enorme
 barba clara, numa caminhada aparelhou
bem ao meu lado e assim perguntou...
Se para onde estaria indo, se possível
ele poderia me acompanhar...
Curioso, por ver aquele bafafá,
apesar da idade, aquele senhor, estava
disposto a querer comigo caminhar...
Sem mesmo saber aonde eu poderia chegar.
Contou até dez, olhou pra mim outra vez,
respirou bem forte... Mandou que eu contasse
até três, e depois disse que meu objetivo iria alcançar.
Contei um, dois e três...
Novamente comecei tudo outra vez...
E ele às vezes, muito sereno, dizia-me sem pestanejar...
Tenha fé e perseverança! ...
Que assim, você há de chegar lá,
no mesmo canto e pronto, em qualquer
caso estarei para lhe ajudar.
Eu me dou muito com o vento,
leio qualquer pensamento
não será tão difícil de me identificar.