CAINDO DO CAVALO

Quando eu caí do cavalo
quase que fico sem couro,
fui caindo direto no valo
bem perto do sumidouro.

Escutei ate um estalo
pareceu um berro de touro,
fui atolando ate no talo
na hora fiquei ate louro.

Gritei mais que um galo
quando escutei o estouro,
pois doeu tanto meu calo
fiquei preto igual besouro.

Fui aproveitando o embalo
para sair do matadouro,
aquele barranco escalo
bem ao lado do bebedouro.

Como sofro e como ralo
ainda me escapou o tesouro,
minha sorte foi o Gonçalo
pegou ele no ancoradouro.

Ainda hoje sozinho falo
lembrando daquele agouro,
mas não gosto de lembra-lo
vai me dando um suadouro.

No buraco não mais entalo
em tombo não sou calouro,
agora vou ouvir o Zilo e Zalo
no seu novo disco de ouro.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 12/04/2008
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