Avidez de duas noites (Palavras brandas num átimo)

Aquela foi à história.

Ficou no passado,

com lapsos no presente,

futuro incerto a esperar.

Beleza das tuas mãos a tocar,

a sentir teus dedos nos meus.

Toque de boca nas mãos,

beijo na testa,

lábios sentidos.

Encostar tua face na minha,

seguir em um movimento lateral.

Acalentar com abraços,

o centro das atenções.

Pedido de desculpas,

estou aqui se sentir só.

Nossa companhia basta,

atenua a fraqueza da força.

Telefone a tocar,

escritos a responder.

Pânico e cansaço tomam-lhe.

Insistência bem-vinda.

Atendida foi-se feliz a caminhar.

Abre-se o refúgio.

Momentos de trocas e carícias,

delírios, bebida, cigarro e música,

intenções e síncopes.

Falha ao falar,

temor ao errar,

vergonha do não corresponder.

Deitados são mais fiéis.

Encorajados e prostrados,

beijos e afagos.

Encostados de lados.

Toque puro, tangível.

Noite boa, incessante,

dormem como anjos.

10/08/08

Giovana Segala
Enviado por Giovana Segala em 07/09/2008
Código do texto: T1165937