Avidez de duas noites (Palavras brandas num átimo)
Aquela foi à história.
Ficou no passado,
com lapsos no presente,
futuro incerto a esperar.
Beleza das tuas mãos a tocar,
a sentir teus dedos nos meus.
Toque de boca nas mãos,
beijo na testa,
lábios sentidos.
Encostar tua face na minha,
seguir em um movimento lateral.
Acalentar com abraços,
o centro das atenções.
Pedido de desculpas,
estou aqui se sentir só.
Nossa companhia basta,
atenua a fraqueza da força.
Telefone a tocar,
escritos a responder.
Pânico e cansaço tomam-lhe.
Insistência bem-vinda.
Atendida foi-se feliz a caminhar.
Abre-se o refúgio.
Momentos de trocas e carícias,
delírios, bebida, cigarro e música,
intenções e síncopes.
Falha ao falar,
temor ao errar,
vergonha do não corresponder.
Deitados são mais fiéis.
Encorajados e prostrados,
beijos e afagos.
Encostados de lados.
Toque puro, tangível.
Noite boa, incessante,
dormem como anjos.
10/08/08