Amor Liberto

No passado, preso ao tronco,

Seus braços,ensanguentados,

Suas costas,riscadas das chibatadas

Em seu rosto o suor da dor.

Meu amor de ébano

Meu mártir abençoado.

A cabeça carapinha,

Na pele o negrume,tal como a noite.

Seus olhos estrelas cintilantes,

À brilhar a alma imortal.

Meu amor de ébano,

Meu homem, doce;de um amargo Tempo,

Amor cativo,

No tronco maldito,

Na fazenda de sinhá.

Hoje Amor Liberto,

Alma livre,

Para sempre à me encantar!