Minha poesia que se esvai...

Tuas palavras ressoaram dentro do peito...

Um bater descompassado quebrou o ritmo de meu coração...

Uma tristeza distante que não cessa... não tem jeito!

E o pesar das lembranças, mexe com minha emoção...

Tendo o longínquo passado assim re-visitado...

Por força de um sentimento que não se contém...

Queria que daquelas rimas, você não houvesse chorado...

Queria não magoar você... nem ninguém...

Palavras represadas, em desabafo se tornaram...

Lágrimas outrora contidas derramaram raiva e decepção...

A razão e o chão em confusão se misturaram...

E eu, em minhas palavras, acabei perdendo a mão...

Tu sempre foste muito mais gente do que eu...

Um título que eu, junto a você, não mereceria...

Por tudo aquilo que fiz de errado... apenas eu...

São dores e frustrações que eu não queria...

Amei-te sim... intensamente e silenciosamente...

Beijei o teu beijo mais sincero, mais amado...

Devia estar perto de ti, onipresente...

E não deixar que outro viesse ao seu lado...

Ter feito amor com você é algo que não esqueço...

Sua candura e paixão tornaram-se uma saudade...

Mas me distanciei... e paguei um alto preço...

E essa nostalgia hoje, é minha realidade...

Depois de tanto sofrer e bradar por redenção...

Essa minha culpa quase que sai...

Torcendo por vingar tuas dores e a solidão...

Com esta minha poesia que se esvai...

Marcelo Scot
Enviado por Marcelo Scot em 15/09/2008
Código do texto: T1179455
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