"ipê amarelo"

Ipê amarelo, Ipê amarelo...

Quanta saudade sinto de ti,

Oh, majestoso guardião,

Que espalhava flores e alegria nesse chão,

Triste hoje pulsa o coração,

De quem o conheceu forte, vigoroso na sua floração.

Ipê amarelo, Ipê amarelo...

Seu manto floral despertou sonhos e fantasias,

Sorrisos e encantamentos.

Lembranças de um tempo passado, naquele cerrado,

Onde no inverno despia-se, ficava pelado,

Na primavera as folhas e botões apareciam abençoados.

Não resistindo a sua sorte,

Tombou exuberante com nobreza para o norte,

Naquele chão que o viu nascer, crescer e florescer.

Lutou, fez força, evitando a morte,

O tronco de pé, deixou uma parte,

N´um recomeço do ciclo da vida e da arte.

As primaveras no rancho colosso, não serão mais as mesmas sem ti, Ipê amarelo.