Em alto mar

Nau à deriva

Por todos os lados só havia o vazio

Perdida no meio de um oceano de medos

A Correnteza me levava ao nada

O vento leve, às vezes aliviava minhas mágoas

Pouco sinais de vida, algumas cores muitíssimo cinzas

A tortura imposta pelo Silêncio

A Correnteza me levava ao nada

Vem o sol , vai a lua

Tudo sempre confortavelmente adequado

Vem a lua , vai o sol e demora...

A Correnteza me levava ao nada.

Abro os olhos cansados de dormirem

Agora sou náufraga de mim

Mergulho , nado , grito e luto contra a correnteza

Emergi atônita , feliz.

Agora sou sobrevivente de mim

Vejo tudo vivo, vejo cores, vejo sons, vejo o calor,

Vejo um brilho intenso ,

um farol ao longe.

Não posso me perder

Agora sou almirante de mim

Continuo nesta jornada paciente

Desvio de alguns rochedos e redemoinhos...

Persevero, necessito , eu desejo

Agora tenho o leme!

A luz está próxima ... espere-me!

Devo chegar em breve.

Ravenna
Enviado por Ravenna em 02/10/2008
Código do texto: T1208550
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