SEU MENINO, SEU AMOR,SEU POETA

Minha mãe! Quem diria que um dia,

aquele menino franzino e pacato,

que sentia dificuldade em aprender o B A B Á,

que levava preocupação para o lar...

A professora falava, ele é bom no futebol,

mas em Matemática e Português, tenha dó.

Meu pai, alfaiate, costurava sem parar,

e, ali perto, me colocava pra estudar.

O meu medo de errar, não me deixava concentrar

e, quando ele perguntava B O – BO, LA - LA,

eu respondia, sem pensar: C A S A

Até que rimava e a régua estalava,

enquanto meu pai falava:

casa o quê, moleque: BOLA.

Era disso que entendia,

mas ninguém compreendia.

Passa, passa, passa o tempo,

fui crescendo e aprendendo

em busca de novos conhecimentos.

Minha mãe!

Quem diria que, um dia,

estaria, aqui, relembrando do meu passado, minha infância,

para dizer, com alegria,

sou poeta, sou ator, seu menino,

seu amor que escalou os Montes Claros das Minas Gerais,

Terra de Tiradentes, dos Inconfidentes,

de Thomas Antônio Gonzaga,

de Marília de Dirceu,

das Cartas Chilenas,

De Cláudio Manoel da Costa

Terra do velho Chico que traz esse gigante:

Psiu Poético

E como seu menino não fica quieto,

Continua alargando os horizontes,

E espalha sua alegria ainda mais longe.

No Belvedere, bela vista do Belo horizonte,

Descobre o Belô Poético.

No Alto Paraopeba e Alto Piranga,

O Abril Poético.

Em Salvador - BA o Projeto Fala Escritor.

O seu menino cresceu

E, através desses quatro faróis poéticos,

Irradia fantasia e poesia para o Brasil e para o mundo.

Mãe

Poético sou eu;

seu filho,

seu menino,

seu amor,

o homem

o ator e o poeta

Deomídio do BRASIL.

Deomídio Macêdo
Enviado por Deomídio Macêdo em 15/11/2008
Reeditado em 11/08/2012
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