NA PRAÇA COM JOEL.
NA PRAÇA COM JOEL.
Ela fica encravada na mente.
Cura a alma da gente.
Seu mistério é estar no mistério.
Esplendorosa sem lírios ou rosas.
Se Monet esboçasse na tela.
As suas visões multicores.
Com certeza o vento teria.
O sabor e o cheiro das flores.
E o homem jogando seu jogo.
Não percebe o verde da grama.
Nem a sombra que cura seus medos.
E o tempo a passar por seus dedos.
O meu neto chutando uma bola.
A pessoa que leva o cachorro.
E o pássaro cantando na arvore.
Com o sol e o frescor desta tarde.
Essa praça fincada em Santos.
E banhada por mares e tons.
Me induz a pintar com as letras.
Que Monet fez um dia com as mãos.
E o cara que andou pelo mundo.
Com o time do meu coração.
Hoje joga o jogo do tempo.
Suas pernas são hoje suas mãos.
-Daniel! Chuta a bola bem longe!
Seu olhar pode olhar pra você.
Grita nome como a bola bem alto.
Faz gol de chaleira pra eu ver?
Há!, essa praça tão bela aquarela.
Gostaria de vê-la na tela...
Santos 14/01/06.
A Joel Camargo.