RECORDAÇÕES

Queria te escrever todos os poemas,

que nasceram entre as lágrimas

do gemer, das duras penas,

deste "amor meu", que não quer morrer...

Apaguei a luz da verdade, estampada,

nas paredes brancas do meu quarto

onde tantas vezes, ví o "tape",

das cenas proibidas, daquele nosso filme...

Acendi apenas, a chama ardente e verde

da esperança que brilha nos teus olhos.

E extasiada nesta luz, assim

deixei-me mansamente, ficar.

O olhar perdido, preso àquelas imagens,

viajei pelo infinito de tantas coisas,

que nos foram tão comuns:

Lembrei-me que eras meu Mar!

E eu, tua Montanha... Altiva solitária!

Vi meu corpo estendido sobre teu mar,

envolto apenas, nas ondas suaves do teu suor!

Procurei abrigo, no teu jeito gostoso -

Tão bondoso, tão amigo!

Recordei teus gestos, gentís.

Busquei palavras serenas,

mas, de efeitos fatais

para consolar meus tristes ais...

Despertei do sonho e mergulhei no vazio.

No mais profundo da minha mente.

E tristemente descobrí, que brancas

também se tornaram as paredes azuis

dos sonhos, no meu subconsciente!...

(Data:11/04/1989)

Iraí Verdan

Iraí Verdan
Enviado por Iraí Verdan em 06/02/2009
Código do texto: T1424370