COINCIDÊNCIAS

Será que não gostas mais de mim?

Não sentes mais a minha falta?

Ninguém na rua te fará lembrar-me no andar?

Nos gestos, nos cabelos...em nada?

Meu Deus, tantas vezes imagino encontrar-te

Confundo-te tanto e, em tantas pessoas, todos os dias

No jeito meigo de olhar, no sorriso infantil

na fisionomia expressiva, no sotaque acentuado

Vejo-me sempre (re)encontrando contigo

Desperta ou adormecida, em meus sonhos ou devaneios

Todos os teus gestos guardo-os aqui, em minha mente

Teus sinais, conheço-os tão bem...

Tuas marcas, teus desejos, tuas vontades!

Ainda há pouco te reconheci em alguém que passava

E apressei o passo, mas quando me aproximei

Novamente me enganei...não eras tu!

A roupa era igual, o corpo tão parecido

A mesma estatura, o mesmo caminhar, mas...

Mais uma vez foi mera coincidência.

Será que também nunca me encontras por aí?

Nunca confundes alguém comigo? Será?

Não imaginas quantas vezes fecho os meus olhos

Para te ouvir, abraçar, beijar...

Quantas vezes, meu Deus, quantas!

E como machuca-me tanto, essas saudades de ti...

Será que não sentes falta dos meus abraços?

Das minhas carícias ousadas, dos nossos desejos?

O que será que ainda sentes?

Ainda me amas, ou já nem lembras mais de mim?

Guardo minhas esperanças para o amanhã

Qüaisquer pequenos detalhes, lembrança boa ou ruim

Tudo faz-me pressentir um novo encontro a nos unir

Pois esse meu amor por ti, na vida, nunca terá fim!

Laura Limeira
Enviado por Laura Limeira em 27/04/2006
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