Palco de Ilusões
A farsa mais bem escrita
Pela mais bela atriz encenada
Conta-se de uma vida
Da boa menina, inanimada
Fantoche dos mais espertos
Fácil de iludir, ingênua menina em flor
Coração ora árido, deserto
Ora transbordando de amor
E na máscara agradável
Um a um ia contentando
E seu ego miserável
Pouco a pouco se dissipando
À terceiros ia toda energia
E mesmo assim, a tratavam com açoite
Os sorrisos enferrujados do dia
Eram as mesmas lagrimas que caiam a noite
E num colapso existencial
Viu recém chegada a hora
De por fim nesse inferno material
Viver uma vida própria
E já não têm mais a pureza
Do Palco das Ilusões ela desceu
E mesmo nessa vida de incerteza
Luz que precisava ascendeu!
Mascaras dos outros atores também caíram
E suas fantasias fora enterradas com remorso e dor
Viraram cinzas misturadas a terra,
E dessa poeira nasceu a Verdadeira Flor