Tudo pode um passarinho. (uma noite no bar)

E na noite entrando num bar, assim quando se chega, querendo ficar

Eu “vi o cantar” e “ouvi um olhar”, na noite escura, sem luar, sem querer...

alguém e em lugar algum.

E assim como um passarinho, que olha atento, quieto e mansinho, a dona da voz...

afinada, com ar de desavisada, cantava e emanava um que... de sonho, de recordação

E as cordas do violão, seguiam com lentidão a voz que me inebriava.

E eu pensava é bruxo e fada e envolvido nesse torpor, a noite seguindo calada

Em silêncio eu guardava, o som, a voz, o sorriso, entre uma bebida e outra

A voz doce e a voz rouca, me traziam a paz e a calma, a mesma paz que agride a alma

De quem nasceu pra lutar e sem saber direitinho, se quero o cantar ou o olhar e sem buscar

Entender, eu vou seguindo este querer, olhando atento e mansinho, ouvindo a voz e querendo... voar como um passarinho.

Fernando Albuquerque
Enviado por Fernando Albuquerque em 07/06/2009
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