Campos lá da minha infância

Nos campos lá da minha infância

Onde eu corria livre, ainda

De toda a maldade, com esperança

De ter a fé por toda a vida,

Eu via o verde que o mundo é

Por foto, o azul que é de cima

As flores me pareciam regadas a mel

Quando, às manhã, era neblina,

Nos campos lá da minha infância

Q'eu cavalgava e cantava ainda

As músicas de roda! E que lembrança,

Muitas nem mais são hoje ouvidas,

Ouvia estórias das mais belas

De amor, terror, felicidade

Ainda que em nenhuma delas

Se ouvia do caos dessa idade,

Se eu fosse pintor com talento

Eu mostraria a minha esperança

De ter, ainda em um momento

Os campos lá da minha infância.

Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 02/07/2009
Código do texto: T1678297
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