SIMBIOSE

A semi-escuridão excita -Na pele a solidão floresce

Tilintar de copos harmoniosos - Fumo e perfume fundem-se Formando uma dupla embriagadora

Máscaras de maquiagem escondem tristezas

A bebida, o bálsamo, o esquecimento

Ela vem vestida de esperança e sonhos

Busca suporte no clima formado

Na ilusão de ser feliz por instantes - A vida lhe é dura

Aproxima-se hesitante - Ele, expectante, espera. Miragem? Luzes balançando, ofuscando-os - Zonzeira, tenta ser forte

Mas, ao beija-la; Sente, nos doces lábios, o sal das lágrimas abundantes Que no rosto escorrem!

Este tremor febril ... Frio? Não sabe ... Desejo? Talvez São estranhos, dá-lhe a mão - Ouve seus dilemas

Súbito, ficam tão iguais (é o momento)

Se está. bêbado ou sóbrio, não importa

Ama-a primeira vista

Precisa, e quer tê-la em seus braços

Música romântica ao fundo, brega e descartável

Faz com que alguém, queixe seus dissabores

Dançam juntos a balada triste de dois corações partidos

O pensamento fluí a mil -Carícias cada vez mais ousadas Levam-no a adivinhar - Uma noite de sonhos e loucura

Na carne macia, judiada - Tentará encontrar-se

Provará as delícias e recantos - Saciará a vontade

Luxúria, misto de pecado e medo

Explorará o prazer ao máximo

Ao amanhecer nada restará, só a leve lembrança

Que algo houve; adeus frio e sem graça

De quem possuiu, mas não teve

De quem quis, e não amou

É preciso toda a fantasia, para seguir-

O simples olhar de uma mulher, faz o homem

Chorar de alegria ou sorrir de tristeza

JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES
Enviado por JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES em 08/06/2006
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